É com muito orgulho e gratidão que publico a oração do perdão  da Monja Coen, figura  de grande doçura e sabedoria do Budismo.

O Budismo é uma filosofia ou religião não teísta que surgiu originalmente na Índia por volta do século VI A.C. e abrange diversas tradições, crenças e práticas baseadas nos ensinamentos, o Darma, de Siddhartha Gautama, intitulado de Buddha.

Quem de nos não sente o peso de continuar carregando algo que já foi feito e, tendo intenção ou não, foi prejudicial a alguém?

Nesta oração, a Monja Coen nos ensina o Poema do Arrependimento, uma forma simples de nos perdoar e arrepender de todo Carma Negativo praticado. E, aqui, Carma no sentido de ação que deixa marcas, que tenha causado mágoas ou algum mal-entendido, ações repetitivas negativas… Quem nunca?

“Enterrem seus mortos”, já dizia Jesus.

Vamos liberar o peso do que não pode ser mais remediado. Todos erramos, isso faz parte de ser humano. Seguir em frente e fazer diferente é escolha de cada um de nós.

Poema do Arrependimento

Todo carma prejudicial alguma vez cometido por mim, desde tempos imemoriáveis

Devido à minha ganância, raiva e ignorância sem limites

Nascido de meu corpo, boca e mente

Agora, de tudo, eu me arrependo.

Desde a época de Xaquiamuni Buda esse poema tem sido entoado de quinze em quinze dias, nas luas cheias e luas novas de cada mês.

É um momento de reflexão profunda sobre a nossa responsabilidade.

Somos responsáveis por nossas ações, palavras e pensamentos.

Podemos ter ações, palavras e pensamentos Buda – isto é, com discernimento correto, sabedoria, compreensão profunda da realidade – ou não.

É preciso acordar para a mente à procura da Iluminação, a mente à procura dessa sabedoria, dessa compreensão clara e profunda da realidade.

Tendo acordado para essa mente, precisamos continuar a prática incessante Buda. Falhamos. Assim, de tempos em tempos nos arrependemos e nos comprometemos a nos transformar. Ao menos fazer o esforço de corrigir nossos erros e faltas.

O arrependimento nos purifica e torna acessível a pureza ilimitada e a mente iluminada.

Logo, repita três vezes o poema do Arrependimento e, do seu mais intimo e verdadeiro estado, penetre o Caminho de Buda.

Mãos em prece
Monja Coen